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O pai e a madrasta da menina Isabella Nardoni, Alexandre e Anna Carolina Jatobá, foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima, segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP)। Os dois enfrentarm um longo dia de depoimentos no 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo. Os interrogatórios dos suspeitos começaram na sexta-feira (18) e terminaram no início da madrugada deste sábado (19). A razão que levou a polícia a indiciar o casal por assassinato foi o conjunto de laudos técnicos, obtidos com exclusividade pela TV Globo। A polícia tinha informações sobre mancha de sangue no carro da família, que preferiu esconder até esta sexta, dia que pai e madrasta foram depor. Foi uma maneira de confundir a defesa do casal.

Mesmo antes do final da tarde desta sexta, o delegado Aldo Galiano, do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), havia antecipado que os dois seriam indiciados por homicídio।

Em seguida, a SSP completou a qualificação do indiciamento como homicídio doloso। A SSP informou sobre as qualificadoras apenas no início da madrugada deste sábado: motivo torpe, crueladade e impossibiolidade de defesa da vítimas.

As provas recolhidas pela perícia no prédio dos Nardoni foram fundamentais para o indiciamento do pai e da madrasta de Isabella. Embora os laudos ainda não tenham sido divulgados oficialmente, a TV Globo teve acesso aos documentos. Os laudos do Instituto de Criminalística (IC) são assinados por quatro peritos. E, segundo fontes consultadas pelo “Jornal Nacional”, esses laudos indicam que Alexandre Nardoni jogou a menina pela janela e que as marcas de esganadura no pescoço da criança são compatíveis com as mãos de Anna Carolina Jatobá. Alexandre e Anna Carolina chegaram à delegacia na Zona Norte de SP com uma hora de atraso, por volta das 11h30. Os depoimentos do casal foram acompanhados pelos advogados de defesa, pelo promotor do caso e ocorreram em uma sala nos fundos da delegacia. De acordo com informações da TV Globo, antes de fazer as primeiras perguntas a Alexandre, o delegado Calixto Calil Filho, que preside o inquérito, fez uma breve apresentação das investigações e falou sobre a menina, que completaria 6 anos nesta sexta.

Além de juntar as respostas ao inquérito, a polícia vai elaborar um relatório sobre as reações do casal durante o depoimento.

Acareação

Segundo o delegado Galiano, o casal pode passar por acareação se houver contradições entre as versões dos dois sobre a noite em que Isabella foi asfixiada e jogada pela janela do 6º andar do prédio pai. Na semana que vem também deve ocorrer a reconstituição do crime. Um grupo de pelo menos cem pessoas aglomeradas em frente ao 9º Distrito Policial, do Carandiru, cantou “parabéns” para a menina Isabella. No momento da chegada do pai e da madrasta para o interrogatório na delegacia, a multidão reagiu pedindo “justiça”. O avô da menina Antonio Nardoni chegou ao local às 11h40 e populares o chamaram de “assassino”. A multidão na porta da delegacia ergueu uma faixa com os seguintes dizeres: “Isabella, parabéns pelos seis anos, que você esteja agora em paz e que a justiça seja feita”. A saída do casal de casa até a delegacia também foi tumultuada. Eles foram levados ao distrito em um carro do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE). Os dois precisaram ser escoltados pela Polícia Civil já que tentaram sair de casa duas vezes e foram impedidos pela aglomeração em frente à casa da família, na Zona Norte da capital. Anna Carolina saiu chorando. Segundo a TV Globo, objetos foram atirados em direção do casal

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