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O Assédio hoje

Conteúdo Editado por Danny Bauer | 9:32 AM | 0 comentários »

O assédio moral é uma das preocupações na busca pela qualidade de vida no trabalho. Na moderna gestão de pessoas, este item ainda precisa ser muito difundido e trabalhado tanto por empresários como por funcionários.

Um funcionário precisa ser respeitado como pessoa, é um profissional qualificado ou não, que está naquele ambiente praticando uma das formas de capitalismo, vendendo sua força de trabalho, que busca qualidade de vida e não apenas um meio de sobrevivência.

Essa forma violenta de tratar pessoas que exercem funções abaixo de si, é uma atitude antiga, corriqueira, e por mais errada que esteja, valorizada em certos momentos da vida trabalhista no Brasil. Através da história, podemos observar que trabalhadores vivem situações de discriminações e constrangimento pelos seus superiores hierárquicos.

A sociedade durante muitos anos considerou um procedimento normal essa forma de tratamento. Afinal, o trabalho sempre foi representado por algo de categoria inferior, sem valor, aquele que é necessitado de trabalho é o ser humano de baixo escalão. Assim foi no período colonial, (apenas para focar emHistória do Brasil) com a colonização portuguesa, em que o trabalho físico era exercido por escravos.

A relação escravo-trabalho reflete a valorização do trabalho intelectual, o culto ao bacharelismo. Essa condição acarreta na exaltação do trabalhador com reconhecimento acadêmico, como se alguém pudesse ser superior a outro pelo diploma que carrega. E por conseqüência, o já tradicional respeito aos "doutores" que há pelo mundo de terno e gravata, e motivando pessoas em diversos cargos, mas principalmente em chefias, a se identificarem como seres superiores que merecem todo respeito e consideração, como se fossem insubstituíveis, de sucesso e poder.

São profissionais assim que modificam o ambiente de trabalho que deveria ser estimulante, descontraído e alegre. Passamos a encontrar, principalmente indivíduos desanimados e sem motivação, porque acabaram se transformando em meros instrumentos de produção.

Essas questões delicadas de relacionamento são os ingredientes para o desenvolvimento de comportamentos inadequados ao trabalho: assédio moral e sexual.

Assédio moral e sexual não são inadequações recentes e sim são tão antigos quanto o trabalho. A questão reside na intensificação, gravidade, amplitude do fenômeno e na abordagem que estabelece diferenças para tais comportamentos.

O assédio moral se caracteriza por uma conduta que costuma menosprezar a pessoa, transformá-la num brinquedo nas mãos de pessoas com má fé. Esse último normalmente é um profissional inseguro e necessita demonstrar o poder através de frases que desestimulam e atitudes que enfraquecem as pessoas que estão ao redor.

Quando se está num cargo de chefia, não por ter alcançado tal posto com atitudes empreendedores, liderança e conhecimento e sim por promoção vertical e preenchimento de vagas ociosas, a pessoa pode se sentir pouco valorizado e precisa se impor. Suas ferramentas são a desvalorização de alguém abaixo, brincadeiras de mau gosto e caráter pessoal, se aproveita de problemas familiares como doenças ou dependência financeira para fazer ameaças e chantagens.

A grande dificuldade em difundir esse problema está no medo que as pessoas têm em perder o emprego ou vergonha de ficar "mal falado" entre os colegas de trabalho, e assim evitam em fazer a denúncia.

O medo de se fazer ouvir contra um assédio moral está no fato de que emprego está cada vez mais difícil de conseguir. A grande competitividade, um número elevado de pessoas interessadas em trabalhar mesmo sem benefícios, insegurança em perder o emprego para outro mais experiente ou mais novo. Além disso, não há entre colegas o comprometimento de amizade, estão todos apenas numa convivência aparente.

Colegas de departamento são apenas pessoas com que se passa a maior parte do tempo, não cria vinculo afetivo. São peças no tabuleiro que poderão ser trocadas a qualquer momento sem perda para o trabalho e para aquela falsa equipe.

Todo funcionário sabe que não é insubstituível, seja qual for seu grau de instrução ou cargo. Todo conhecimento é algo prático, ferramentas de uso que são difundidos por apostila e cursos rápidos de atualização.Esse fenômeno tornou-se maior com as conseqüências da globalização devido à informatização, o desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte, tornando a concorrência mais agressiva, provocando um grau intenso de insegurança na empresa em que trabalha.

Um dos piores danos causados pelo assédio moral é a propaganda negativa que é feita sobre o profissional. Tal comportamento fica tão explicito que mesmo em outra áreas a pessoa é assediada negativamente, colocando em questão sua capacidade profissional ou até mesmo ocorrendo brincadeiras, piadas de caráter pessoal.

O assediado fica tão desmotivado que ele próprio começa a desconfiar de suas habilidades. De profissional seguro de suas informações, confiante e disposto a assumir novas tarefas, aos poucos se vê no meio de uma campanha contra sua pessoa, seus comentários, seus e-mails são motivos de graça e risadas do assediador e muitas vezes de alguns colegas de trabalho que não visualizam essa situação constrangedora.

Assédio sexual é uma deformação profissional decorrente de uma tradição machista e de abuso de poder. Normalmente começa através de brincadeiras na equipe, podendo avançar para chantagens e ameaças no campo pessoal.

É reconhecido por lei apenas quando o assédio é de chefe para subordinado ou que a relação de superior em função do cargo seja evidente. Nas relações entre colegas do mesmo nível profissional, esse tipo de abuso é classificado como assédio moral.

As mulheres são as mais vulneráveis ao assédio sexual, primeiramente, porque, em regra, ocupam cargos inferiores. É uma prática reconhecida nos locais de trabalho e aceita como uma coisa comum, apesar de tratada em sigilo, em uma sociedade que prossegue sem respeitar as mulheres e suas conquistas.

As mulheres deixaram para trás uma tradição de dependência financeira, afetiva e social. Através do trabalho garantem o próprio sustento e de sua família, coloca-se na sociedade de forma mais imperativa e decisiva e transforma a forma de ver e ser vista no mundo.

As transformações no comportamento da mulher, os novos padrões de liberdade, dignidade a qual vem ocorrendo em todo o mundo, às vezes não é acompanhada por homens. Alguns deles, por uma educação extremamente machista ou por insegurança mesmo, tentam impor seu poder e também desqualificar a profissional perante seus colegas. Com atitudes ou frases com o tom de brincadeira, tentam mascarar o assédio sexual.

Esses assédios tanto o moral quanto o sexual estão diretamente conectados com a cultura machista e da posição de ser superior. Diversas empresas estão enraizadas dessa tradição. São atitudes reveladoras de um passado nem tão distante de opressão, falta de respeito ao próximo, chantagem emocional e ameaças de desemprego. Os departamentos de recursos humanos por mais que estejam interessados em aniquilar esses comportamentos com campanhas, atividades envolvendo diversas áreas, é muito difícil no dia-a-dia da empresa, em salas reservados o controle desses males.

Esse problema é tão grande e comum nas empresas que profissionais que agem assim, costumam fazer parte do folclore da organização. São pessoas respeitadas, que suas determinações são atendidas por todos. Acontece de pessoas novas no setor ou de outras áreas render respeito a esses por saber do famoso comportamento. É comum ouvir histórias, versões diversas e piadas de fatos que foram constrangedores para alguns colegas.

Apensa com muita vontade política será possível reverter isso. A solução ainda está muito distante. Mas, como em todas as transformações, é um movimento lento e com a valorização da qualidade de vida no trabalho poderá ser uma realidade na vida de todo profissional.

Quem sou eu? Para que sirvo?

Conteúdo Editado por Danny Bauer | 9:31 AM | 0 comentários »

Crises existenciais são comuns a todas as pessoas. Elas surgem à medida que crescemos e começamos a ter consciência de que vivemos em um planeta habitado por milhares de outros seres. Então começamos a nos fazer três perguntas: Quem somos? Por que estamos aqui? E para onde vamos? Passamos a pensar no futuro e a lidar com as incertezas.

Na tentativa de descobrir quem somos, passamos a ouvir o que as pessoas dizem de nós. E então, começam a surgir os problemas. A sociedade tende a perceber e a dar maior importância aos defeitos ao invés de valorizar as características positivas de cada um. Os apelidos pejorativos à personalidade e a aparência se tornam comum e nascem então os complexos de inferioridade.

Achar que somos o que as pessoas dizem é insanidade, ninguém além de Deus e nós mesmos, nos conhece tão bem a ponto de saber quais são todas as nossas capacidades e limitações. Algumas pessoas tentam fugir das crises de identidade fingindo ser o que não é, criam e sustentam uma imagem para exibir as pessoas e mostram apenas o que elas querem ver. Passam a viver uma farsa, este também não é o melhor caminho para superar as crises existênciais.

O complexo de inferioridade gera depressões, alienações e insucesso. Fingir ser o que não é, conduz o ser humano a equívocos a ilusão. Mais cedo ou mais tarde a máscara cai, não dá pra representar sempre. Como então superar a crises e saber quem realmente somos? A resposta é simples: Usando a criatividade. Fomos criados a imagem e semelhança de Deus, herdamos dele o dom de criar.

Para cada defeito que as pessoas apontam em nós há qualidades para superá-los, minimizá-los, ou utilizá-los de forma estratégica. É aquela velha história, use as pedras para construir castelos. Você é você, um ser único, não é o ser perfeito que a sociedade quer que seja, e nem um "zero a esquerda". Você carrega o DNA divino é um ser racional e altamente adaptável.

Quando entendemos o que somos, reconhecemos os nossos pontos fracos e fortes logo descobrimos também o porquê de estarmos aqui, descobrimos que a nossa missão de vida é compatível com nossas qualidades e defeitos. Ao saber quem somos e o porquê de nossa existência temos condições de nos relacionarmos bem com Deus, traçar metas para o futuro e saber para onde estamos indo.

QUEM VAI AMARRAR O GATO?

Conteúdo Editado por Danny Bauer | 9:31 AM | 0 comentários »

Existem muitos contos orientais que abrem nossa mente para temas interessantes, várias dessas histórias terminam caindo como uma luva em certas situações, e às vezes até parece que já vivenciamos algo parecido. Um conto que ouvi certa vez, me abriu os olhos para a quantidade de coisas que fazemos e muitas vezes não sabemos por que, normas e procedimentos que existem mas ninguém sabe o porquê ainda são utilizados, mesmo quando estão ultrapassados e impedem o processo criativo.

Já ouvi este conto sob diversas óticas, e com várias personagens principais diferentes, vou contá-lo sob o título de desamarre o gato, mas a personagem poderia ser um galo, cachorro, vaca, rato, pombo, enfim, isto não mudará em nada a moral de nossa história.

Um antigo mosteiro chinês, no alto da montanha de Song Chan, era o centro de uma paz absoluta, e monges de toda a china procuravam aquele monastério tão tradicional e reservado. Todos os dias sempre às quatro e meia da manhã, o mosteiro se reunia em silêncio para a primeira meditação matinal, este momento era sagrado para os monges, e o silêncio da madrugada deveria sempre ser respeitado, mas em uma manhã de verão esse silêncio sagrado foi quebrado por um gato, o animal procurando comida e abrigo resolveu morar na cozinha do templo, e neste dia ele começou sua busca por comida caçando os ratos que também se instalaram por ali, o bichano iniciou uma balburdia insuportável, derrubando panelas, vasilhas, miando e correndo atrás dos ratos da cozinha, isto não seria problema para os monges se o gato não tivesse escolhido justamente o horário da madrugada para realizar suas caçadas, atrapalhando a concentração dos momentos de meditação.

Sob a ótica de conduta dos monges, eles deveriam ser piedosos com o animal, e nunca enxotariam o gato do mosteiro ou lhe fariam algum mal, durante alguns dias eles tentaram aceitar o barulho e deixar o gato livre, mas a arruaça foi ficando insuportável, e o mestre abade do templo resolveu tomar uma providência, pedindo que os monges amarrassem e amordaçassem o gato durante os períodos de meditação e o soltassem logo após a prática matinal.

Este procedimento foi feito durante muito tempo, resolvendo o problema de barulho durante as meditações da madrugada, os anos se passaram, o mestre abade morreu, e mesmo assim continuavam a amarrar o gato diariamente durante os momentos de meditação matinal, mais alguns anos se passaram e o gato morreu, e os monges preocupados, resolveram encontrar outro gato para colocar no lugar do antigo, e o novo gato continuou sendo amarrado diariamente.

As décadas se passaram, e novas gerações de monges e mestres mantiveram o hábito diário de amarrar o gato, que acabou se tornando um importante ritual naquele famoso e respeitado templo, e a esta altura, ninguém mais sabia o porquê de amarrar o gato, mas justamente por isso, aquele ritual se tornou muito importante, sendo uma característica famosa daquele monastério. Monges veteranos cobiçavam a importante função de amarrador de gatos, manuais foram criados com as normas e procedimentos de todo o processo para amarrar o gato, ensinando como pegar o gato, que tipo de corda e mordaça utilizar, quantas voltas com a corda deveriam ser dadas, que tipo de nó poderia ser feito, enfim, uma verdadeira enciclopédia do ritual de como amarrar e amordaçar o gato.

O tempo passou, e vários grupos de estudiosos começaram a dedicar suas vidas a estudar os manuais e a origem do ritual sagrado de amarrar o gato. Estes grupos se dividiram, e começaram a divergir sobre várias questões, várias interpretações surgiram, e correntes de seguidores começaram a defender teorias diversas sobre o ritual sagrado, estas divergências geraram conflitos internos, e as origens e processos do ritual passaram a ser o ponto de discórdia entre os dois grupos formados. Um dos pontos principais de divergência era que, um dos grupos acreditava que somente gatos brancos poderiam ser amarrados, pois o branco simbolizava a pureza da alma e a evolução espiritual, o outro já defendia que qualquer gato poderia ser amarrado e que isto não fazia diferença nenhuma e resolveu ir embora do famoso monastério para fundar uma nova ordem, que daria continuidade ao ritual da forma que achavam correta, sendo assim, estes dois grupos passaram a divergir constantemente e não mantiveram mais contato, pois o primeiro era acusado de ser radical e o segundo de ser extremamente liberal. Após a separação, novas correntes começaram a se formar, e um terceiro grupo começou a surgir, divulgando uma teoria que unia as duas linhas divergentes, eliminando seus defeitos e absorvendo suas qualidades.

O antigo monastério da montanha de Song Chan foi aos poucos se dividindo, e hoje nenhuma das linhagens existe mais, e o ritual de amarrar o gato caiu no esquecimento.

Este conto é muito interessante para evidenciar o que acontece em muitas empresas e instituições, é muito comum ver pessoas que cumprem normas e procedimentos totalmente sem sentido e sem fundamentos, que simplesmente são feitos porque alguém que já os fazia antes, e terminam sendo os fatores geradores da estagnação de muitas empresas.

A falta de questionamento e análise, afunda organizações, impede o processo criativo e inovador, emperrando o desenvolvimento dos negócios, precisamos desamarrar os gatos de nossas empresas, e desmistificar atitudes e conceitos retrógrados, muitas vezes sem sentido e ultrapassados.

Analise sua vida profissional e pessoal, e perceba quantos gatos existem aguardando para serem desamarrados.